Reunião de estudo – parte 01 – 22/03/12

Postado por admin em 30/03/12 às 9:21 am 0 Comentário

Reunião do Grupo de Estudos e Pesquisa Comunicação, Educação e Sociedade/ GECES

Texto: KAPLÚN. Mário. Uma pedagogia de La comunicacíon. Ediciones De La Torre. MADRID, 1998.

 

Parte I: Modelos de educação e modelos de comunicação

Por Elbênia Marla Ramos Silva

 

Primeiro momento o livro esta dividido em três partes, sendo que a primeira apresenta as seguintes questões:

  • Ênfases dos conteúdos;
  • Ênfases dos efeitos;
  • Ênfases dos processos;
  • O que entender por comunicação;
  • Caminhos e métodos para a participação e
  • Um ponto de partida decisivo: a prealimentação.

O autor inicia a apresentação do texto com a pergunta de para quem é esta Pedagogia da comunicação, e afirma que é para todos que praticam a comunicação. Para estudantes que percebem a comunicação como um serviço a sociedade é necessário também não apenas adquirir os saberes de dominar os recursos, mas também de possui uma pedagogia da comunicação.

O texto busca apresentar uma comunicação eficaz, onde a mesma seja: participativa, problematizadora e personalizante. Dentro desta busca, qual a educação que encontramos nas nossas práticas educativas? Kaplún (1998) deixa o questionamento para reflexão do leitor.

Ao citar Bordenave (1976), Kaplún aponta as concepções pedagógicas deste autor que esta inserida em três modelos básicos:

Modelo exógeno (educação=objeto)

  1. Educação que põe em ênfases os conteúdos (p. 22);
  2. Educação que põe ênfases nos efeitos (p. 18)

Modelo endógeno (educando = sujeito)

  1. Educação que põe ênfases no processo

 

Enfases nos conteúdos

Educação tradicional, onde o professor (comunicador) é instruído que sabe, ensino ao ignorante que não sabe. Kaplún traz como referência Paulo Freire que qualifica esta educação como educação bancária, onde o educador deposita conhecimentos na mente do educando.  (p. 22 – 23)

 O modelo de educação bancada demonstra que existe também o modelo de comunicação bancaria. Ela esta visível no modelo:   E — (mensagem)— R  (p. 25 – 27)

Seu modelo de aplicação: Os programas de estudo são amplos e baseados em conceitos que a fonte emissora (o professor) considera importantes; dá-se pouca importância ao diálogo e a participação e existe uma só verdade, a do professor.

 

Ênfases dos efeitos

Pode ser classificada como educação manipuladora. Ao citar Ramsay (1975, p. 32):

 El comunicador es una especie de arquitecto de la conducta humana, un practicante de la ingeniería del comportamiento, cuya función esinducir y persuadir a la población a adoptar determinadas formas depensar, sentir y actuar, que le permitan aumentar su producción y suproductividad y elevar sus niveles y hábitos de vida.

Como comparativo foi trazido por Kaplún (1998) o exemplo Behaviorista de conduta, ou seja, quando se trabalha com mecanismos de estímulos e recompensa se origina outro modelo educativo. O modelo de hábito é um papel central na educação. Com as mudanças destes hábitos o educando adquire nova conduta, sendo uma recompensa.

Modelo de comunicação modificado do anterior:

r: Feedback

 

Ênfases nos processos

 Este é o modelo endógeno que está centrado na pessoa e põe ênfase no processo, outro modelo de educação de Paulo Freire (1969), educação libertadora ou transformadora. Educação para formar pessoas e transformar sua realidade. (p. 49) Não é mais um educador do educando, não mais um educando do educador e sim um educador-educando com um educando-educador.

Foi apresentada também a ideia de troca de comportamento: – homem acrítico para homem crítico. Kaplún (1998) acredita que neste processo um homem desde seus condicionamentos que era passivo, conformista, fatalista até a vontade de assumir seus destino humano, desde as tendências, individualistas, egoístas até a abertura dos valores solidários e comunitários.

Só existe uma verdadeira aprendizagem quando o existe processo, quando existe autogestão dos educandos. Objetivo é que o educando pense.

 

O que se entender por comunicação

Para esclarecer este item, Kaplún (1998) referencia dois modelos de comunicação:  Comunicação dominadora x Comunicação democrática.

A primeira, comunicação dominadora refere-se ao monólogo, poder vertical, unidirecional, monopolizada, concentrada com a minoria. Já a comunicação democrática refere-se a diálogo, comunidade, horizontalidade, de duas vias, participativa e ao serviço da maioria. Esta seria desenhada da seguinte forma:

Novo modelo de comunicação que é EMIREC, ao mesmo tempo é emissor e receptor. Todo homem tem o direito e a capacidade para atuar nas duas funções, participando assim deste processo de comunicação, se alternar então como emissor e receptor.

Leia continuação da apresentação do II Capítulo.

Próxima reunião de estudos (12/04/12):

Texto – III Capítulo: KAPLÚN. Mário. Uma pedagogia de La comunicacíon. Ediciones De La Torre. MADRID, 1998.
Para baixar acesse: Uma pedagogia de La comunicacíon – PDF document, 1755Kb

Parte III – Soraya Cristina Pacheco de Meneses

 

– Data da próxima reunião: 12/04/12 (quinta-feira) às 18h30

– Introdução do Livro:
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede: a era da informação, economia, sociedade e cultura. Vol I. Tradução: Roneide Venancio Majer. São Paulo: Paz e Terra, 2005.

 

Categorias: Reuniões

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